A terapia em grupo é um processo terapêutico do qual participam várias pessoas, geralmente, com uma questão semelhante. Ela se diferencia da terapia individual pelo fato de a última ter como principal foco o próprio paciente. Ou seja, no modelo do atendimento exclusivo, um psicoterapeuta escuta o que a pessoa tem a dizer e a ajuda a ressignificar sua própria vida, por meio de atividades diversas.

A terapia em grupo, por sua vez, costuma envolver mais de três pacientes, os quais, muitas vezes, não se conhecem previamente. As sessões tendem a ser um pouco mais longas que as da terapia individual e contam com uma dinâmica um pouco diferente.

Por exemplo, na terapia de grupo, “o profissional responsável, que é o terapeuta, inicia a sessão abordando um pouco da teoria de determinado tema e definindo conceitos. Depois, as pessoas do grupo podem expor seus sentimentos e suas vivências”.

Os grupos terapêuticos podem funcionar de maneira livre ou temática. A mais frequente é esta última, que reúne pessoas com vivências semelhantes.

No CEPAP trabalhamos com psicoterapia de grupo temática, por exemplo : – grupo Pense magro, desenvolvendo a autisma, Orientação de Pais de crianças no espectro autista ou com TDAH e grupo terapêutico da terceira idade.
Dessa forma, um dos principais aspectos da terapia grupal é a existência de objetivos em comum. Seja o de compartilhar experiências semelhantes ou de desenvolver certas habilidades, como a empatia e a capacidade de comunicação.

Além do diálogo entre as pessoas, esse tipo de terapia favorece também a utilização de técnicas bastante diversas. O psicólogo pode propor, por exemplo, exercícios coletivos, treinamentos de habilidades e encenações de roleplay — uma simulação da vivência que está sendo exposta por algum paciente.

Essa modalidade terapêutica requer uma abertura maior dos pacientes, já que eles vão se expor diante de outras pessoas. Com isso, ela exige também maior esforço do terapeuta, que se torna responsável por mediar diversos processos ao mesmo tempo. Entretanto, mesmo com os desafios, a terapia em grupo traz muitos benefícios tanto para os participantes, quanto para o profissional.

Por que fazer uso da terapia em grupo?

Uma das principais razões é, claro, o bem-estar das pessoas atendidas. Quando o profissional faz uso da terapia grupal, ele contribui para impulsionar o tratamento de seus pacientes.

Um dos motivos para isso é que a terapia em grupo favorece a socialização, construindo um espaço seguro para que os pacientes possam se expor diante de outras pessoas. Dessa maneira, é possível ajudá-los a enfrentar questões do dia a dia e até mesmo dificuldades de se relacionar.

Outro aspecto positivo é a possibilidade de ser acolhido e aceito. É muito comum que pessoas se sintam sozinhas em seu sofrimento ao enfrentar algum tipo de problema emocional ou familiar. Os encontros têm potencial para mudar isso, pois elas trocam experiências com outros que passam por situações semelhantes.

Um benefício que não pode deixar de ser citado quando se fala em terapia em grupo é o desenvolvimento de habilidades sociais. Mesmo quando esse não é o foco do processo terapêutico, é uma de suas principais consequências. Pessoas que passam por essa vivência se tornam mais capazes de ouvir o outro, desenvolver empatia, comunicar-se com eficiência e construir relacionamentos mais saudáveis.

Além de proporcionar esses benefícios para seus pacientes, oferecer esse tipo de terapia também é uma maneira de diversificar seu trabalho e atrair mais pessoas interessadas nele. Um dos pontos atrativos dessa modalidade é o custo menor: como vários participantes dividem o mesmo horário, o valor fica mais acessível e beneficia pessoas que não conseguiriam aderir à psicoterapia convencional, por exemplo.

Para quem esse tipo de terapia é indicado?

Com frequência, a participação em um grupo terapêutico é estimulada pelo psicólogo ou por outros profissionais que atendem a pessoa. Eles percebem que ela poderia colher frutos nesse processo e fazem a indicação. Quando se trata de grupos temáticos, também é possível que o próprio paciente mostre interesse ao ver alguma divulgação sobre o assunto.

Em qualquer um desses casos, deve ser feita uma entrevista inicial para avaliar o perfil da pessoa e esclarecer sobre o funcionamento da terapia em grupo. Quando necessário, pode ser proposto que o paciente seja atendido tanto em sessões individuais quanto nos encontros coletivos — vale lembrar que as duas modalidades não são excludentes.

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